Às vezes tenho nojo de ser HUMANO
A falta de informação, atitude, tolerância e o preconceito são as verdadeiras desgraças do mundo... E ainda tem gente que perde tempo falando do que não tem conhecimento. Sim, aceite, a nossa sociedade é sim alienada!!! E ainda acreditam em santos... Ainda falam em aquecimento global, fins dos tempos, pecado, perdão e salvação!!! Ainda se dar audiência para a violência e tudo que fere o ser humano, isso tudo em detrimento do que acho mais importante: o AMOR. Cadê a compreensão? O carinho entre os "irmãos"? Entre os semelhantes a “Deus”? Ainda o homem acovarda-se a atirar a primeira pedra!
Claro, crescemos escutando que somos semelhantes a “Deus”, mas esquecemos o conceito literal da palavra semelhante, semelhante não é igual, e se Deus ama seus filhos será que ele não ama, por exemplo, o negro, porque ele não é branco? Será que Deus ama mais o homem do que a mulher? A História de Jesus Cristo é relatada de forma que nós o julgamos sem ao menos conhecê-lo, o colocamos em sofrimento, enfim o crucificamos. E o que fazemos ainda hoje com nossos “irmãos”? Os amamos ou os crucificamos também? Quem somos nós para julgar? Atirem a primeira pedra!!!
Sinto-me ainda na Idade Média, e ainda querem me fazer acreditar que vivemos na Pós-modernidade! Isso sim é o fim dos tempos... Servimos ao rei capitalismo e nos contentamos com os sermões das Igrejas. Esses que muitas vezes vendam os nossos olhos com o pretexto da tão sonhada “salvação”.... Mas me pergunto: salvar do que mesmo? Da penitência? Quem criou a penitência? Eu? Você?
Matam pelo “Pai”, fazem faxina, limpam o mundo dos impuros... e quem violenta, mata e discrimina é puro, vai ser “salvo”? Quem somos nós para julgar, se já assistimos pessoas a serem queimadas por “heresia”, se já compactuamos com a escravidão pela cor da pele? Se somos contra o uso de preservativos, mas não fazemos nada para ajudar as milhares de crianças mortas de fome, se colocamos barreiras nos processos de adoção? Sim, temos muitos filhos no mundo afora, o que falta são pais, ou melhor, oportunidade de se dar amor. Família! E o que é família? Pai, mãe, filhos (as)? Um núcleo familiar perfeito!
Pais que violentam as mães de seus próprios filhos, mães que ensinam que sua filha tem que brincar de boneca e seu filho de carrinho, filhos que discriminam coleguinhas de classe, esses muitas vezes são considerados uma verdadeira família, em detrimento, por exemplo, de muitas mães que são a única provedora do lar, ou de repente uma situação de duas “mães” que amam seus filhos e moram juntas... por que não?
Com tantas coisas que precisam da nossa atenção como a fome e a miséria que assolam o mundo, as drogas que nos alienam ainda mais, e vulnerabilidade de muitos para com estas, a violência física e psicológica que sofremos todos os dias, seja pelo ladrão safado ou “morto” de fome que roubou meus trocados, seja pelo rapaz que matou meu filho, porque na sua infância foi violentado, o que não justifica, mas é preciso pontuar as razões das conseqüências, acabo me importando mais com a vida do outro, a desgraça do outro, com infelicidade e a fofoca do/sobre o outro, com a nova foto postada, ou seja, com a imagem de mim e do não eu.
Vou sair por aí e mostrar meu carro novo, vou postar minha foto com meu vestido caríssimo, vou jantar naquele restaurante fino, com meu sapato elegante! Que se danem os miseráveis! Eu não posso matar a fome do mundo! Eu não posso salvar todas as estrelinhas do mar que se encontram na praia.... Sou uma mera gota d’água, um grãozinho de areia. Mas quando estou com aquela roupa sou a melhor, a única, todos me vêem, todos me seguem no twiter.... mas eu nada posso fazer!
É o principio da ação e reação. Estamos dando oportunidades para todos, somos toleráveis, compreensivos? Como vou colher a paz, o amor, o carinho, a moradia, a comida e a educação de qualidade que vai alimentar o meu povo sofrido? Um santo salvador? E eu causador, ou acelerador do “AQUECIMENTO GLOBAL” não posso fazer nada para mudar esta realidade? Que conceitos, valores e princípios estamos defendendo? Que sociedade é essa que tenta me fazer temer ao debate, que abomina “novas” idéias? Que mudanças devem ser feitas, primeiro em mim mesmo?
Mato, desmato, minto, peço perdão, troco de carro, tenho preconceito, falo mal, eu aponto, eu discrimino, eu caçoou, colo na prova da faculdade...“ah, vou ser professor”, jogo comida fora, queimo, me desfaço, me reinvento, desconstruo, reconstruo, troco de roupa, abuso, sou usuário, eu pinto o sete, o oito, nove e o dez, mas não sou capaz de dar comida para uma única pessoa, meu semelhante....meu irmão.... Sou lixo! Por isso me reciclo, mas ainda tenho nojo de ser HUMANO!!! Pois a nossa pós-modernidade esconde os podres da nossa sociedade e com ela nossas dificuldades, necessidades e nossos desejos mais íntimos. Como vão deixar de ser um mero lixo que tenta se reciclar?
Preferia ser qualquer animal a ser o bicho HOMEM... A MÁQUINA HUMANA... Mera reprodutora de alienação... Ser insignificante para o planeta que se adapta a qualquer condição, mas que fere intensamente a sua própria espécie. Palavras ditas ao anoitecer podem não significar nada, mas uma dose de humildade, respeito e solidariedade podem salvar um povo sem muita sede de mudanças!
O que percebo não é apenas a falta de conhecimento, mas também a falta do querer conhecer, do querer entender, compreender, ou pelo menos, tolerar.... isso é permanecer no mesmo erro! Sinto muito em lhes dizer: Isso não é AMOR ao próximo. Então lhes digo, ou melhor, lhes lembro que nós humanos – essa máquina – tem coração e esse é capaz de tolerar, compreender e depende do AMOR para sobreviver!!!
Estou entre os semelhantes a Deus, e é maravilhoso sermos diferentes um dos outros. Já pensou se todos fossem iguais a nós mesmos? Acho que se todos fossem iguais a mim, por exemplo, o mundo seria um caos, obrigados a tolerar minha tolerância-limite, minha chatice, mas certamente a minha resiliência com esse mundo.
Autora: Mônica Saraiva
REFLEXÃO: Se entender o ser humano fosse algo simples de compreendermos, O consideraríamos tão medíocre que nem teríamos interesse em querer compreendê-lo! mas fica aí a questão entender ou não? só uma dica: muita cabeça pra isso!
ResponderExcluirs.e.n.s.a.c.i.o.n.a.l !!!
ResponderExcluirobrigada a vcs pelos comentarios...
ResponderExcluirEu tenho o mesmo sentimento com relação ao ser pensante... ser pensante?? Ser pensante seria um tanto paradoxal em se tratando de um sentimento revoltante pela mediocridade humana, por tudo que você, Mônica Saraiva, explanou tão maestralmente nesse texto... Hipocrisia, alienação, são pontos que competente à insipiência e pequenez espiritual humana. Parabéns, minha amiga!!!
ResponderExcluirretificação: competem*
ResponderExcluirobrigada, seu comentario sim é : sensacional!!! o pior é que, muitos querem permanecer alienados... infelizmente, e meu ser fica indgnado, pois ainda se fala em coisas que já não se sustentam, e outras ninguem parece nem ligar...
ResponderExcluirah e o proximo post, será com certeza sobre a educação publica, outra problematica que é vista, com os olhos de quem ñ quer enxergar a realidade,esta afinal será mudada por quem?...
ResponderExcluirGostei do texto mônica...concordo com algumas pensamentos e outros não,mas ta valendo...interessante,algumas coisas devem ser repensadas por nós!
ResponderExcluirbjssssss!
obrigada, e o fato de descorda de algumas coisas do texto é maravilhoso e prova algumas coisas do que tentei expressar no texto, pois não somos iguais, e nem temos pensamentos iguias, mas nem por isso vamos deixar de respeitar uns aos outros... beju
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