domingo, 6 de maio de 2012






Minhas ASAS agora estão feridas, mas não doem, pois o que dói é a lembrança...

Será que minha queda foi motivada pelo que esses falam? Mas nem estavam lá...

A lua é testemunha da minha inocência perante os homens de carne...

O que me atinge é o fato de não ter sido o pai que pessoalmente me expulsou do paraíso fictício de vocês...

O que me entristece é o vermelho da pureza que tu acreditas ter...

O que dói é o estremecer da tua verdade absoluta...

É a regra da tua dança...

É o teu ditar dos nomes das cores...

É o medo que tu colocas na mente...

É o mistério que tu promoveste em cima da dama, à noite...

É o teu fantasiar que só o sol brilha...

Deve ser por que a noite traz outra cor ao azul do céu...

Sinto muito, mas talvez a claridade do teu sol também possa cegar...

Tu não te contentaste em me machucar, agora quer me depenar com esse discurso de (re) construção!

Tu me impedes de argumentar com sua indiferença, pois nada adianta falar para quem não quer escutar...

Mas o nosso vermelho é o mesmo e não desgruda das minhas Asas e nem das tuas mãos acostumadas a apedrejar...

Assim o teu discurso ao amanhecer vai continuar com uma plateia bem grande, mas a noite não deixará de existir....

E a verdade absoluta de tu pós-moderno ainda me ameaça, mas talvez não sou o que tu diz, quem sabe sou apenas uma ninfa criada e depois perdida pelo teu discurso...








Autora: Mônica Saraiva

2 comentários:

  1. Como é bom saber que nos dias hoje ainda existem pessoas que demonstram seus sentimentos através de poemas ou pensamentos. O importante é que é escrito com as palavras da alma.

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  2. Muito obrigada. Fico feliz com suas palavras. Gostaria de saber quem é você.

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